MASKARAS

Uso inevitável.
A vida em sociedade requer um disfarce.

Dia após dia o incomodo de vesti-las. Um bem necessário.

Como falar sem ferir. Pausa.

São muitos tipos, diversos, usadas de inúmeras maneiras.

Usá-las e ser verdadeiro. É possível. Palavras sensatas no momento certo.

Ações em silêncio.

Porém, muitas são cruéis, iludem, nos tapeiam.

Usam somente com um propósito: tirar proveito.

Dure o tempo que for um dia elas caem.

E assim é o ciclo:

Pessoas usando mascaras são desmascaradas.

Seja no amor, seja na amizade.

O recomeço é nas cinzas.

Q.U.E. . . .

Que a ferida da amizade nunca se feche.
Que as cicatrizes da alegria permeiem.
Que os sorrisos causem cada vez mais rugas em nossos rostos flácidos.
Um abraço para quebrar todos seus ossos.
Que das risadas escorram lágrimas de felicidade, que de tão ácidas, derretam a epiderme.
Que o caminhar seja sempre o de um clown.
Que a preocupação seja tão leve e suave quanto a brisa do mar.
Discursos em formas de piadas e um sorriso lindo sem dentes.
Que os conselhos não existam, somente a cumplicidade.
Que os encontros com cafés permeiem em uma validade indeterminada da amizade que está além da espiritualidade.
Que sempre exista um Q. u. e. . . .