Pensamentos aleatórios que se transformam.

28 de fev. de 2011

L GR M S

Nada pra dizer.
Água e cloreto de sódio brotam de seus olhos.
Mas a verdadeira composição é feita de emoções.
Tristeza
Alegria
ódio
Dor
Um piscar e vejo outra gota escorrer por seu rosto.
Tentei.
Água e cloreto já saíram de meus olhos também.
Salgada, doce, amarga.
A sensação é de vazio.
De tanto virou tempestade. Agora é seco, deserto.
Chega.
Só uma imagem borrada diante de mim e a velocidade de um rápido adeus.

13 de fev. de 2011

NO MOVIMENTO TE ENCONTRO E TE PERCO

Não te digo nada... basta um simples toque na sua pele e seus pelos eriçam... seus olhos se fecham... sua boca abre lentamente... um gemido.
Seus lindos lábios, apetitosos... seus grandes lábios úmidos... sinto sua língua... sinto seu gosto... 
Sussurro em seu ouvido, você me pede mais. Minha mão abraça sua nuca enquanto a outra controla o movimento de seus quadris. Seus mamilos me tocam e sinto na pele todo o seu calor. 
Voce me beija... me olha. 
O suor escorre por todo seu corpo. Voce me prende... me diz sim... não posso sair. 
Não te nego e mergulho fundo em seu ser. 
Por minutos parecíamos tão próximos... ligados... completos... mas agora que acabou não temos palavras. Nada a dizer. Foi somente um momento... talvez um delírio, e a cama é o palco onde atuamos.

2 de fev. de 2011

Perdido


Não consigo ouvir meus pensamentos junto a este progresso.
Emudeço no ruído inaudível de palavras incompreendidas.
Parado ao meio do caos pessoas vão e vem numa frenética desimportante sem ter um porque.
Mundos privados em fones de ouvido não escutam os gritos das sirenes escandalosas, enquanto que relacionamentos de 140 caracteres e de redes sociais seguem sem profundidade no outro.
Não sei de ninguém, tão pouco de mim.
Ando sem rumo perdido nas ruas iguais, de chafariz sem água, de jardim sem flores.
Minha barba cresce desordenada enquanto me olho no espelho. Não me reconheço, nem quero.
Não sou eu.
Talvez seja alguém que imaginei, mas que na verdade não quero ser.
Quero sair por onde não há porta.
Olho pela janela e não vejo o absurdo que é a vida moderna.
Neste mundo sem chão eu não tenho asas e sobrevivo pendurado em meus frágeis pensamentos.