Pensamentos aleatórios que se transformam.

24 de jun. de 2013

Entre luzes, aromas e...


Saiu em mais uma noite com seus amigos.
Estava diferente... a lua, a rua, ele... mais calado.
Os amigos bebiam, riam.
Entre luzes, aromas e ruídos encontrou um olhar.
O dela.
Contemplação mútua.
Aproximou-se.
Entre luzes, aromas e ruídos, beijaram-se.
Suas pupilas dilataram.
Os lábios espremidos produziam suco de desejo.
Sorriram suavemente.
Saíram dali.
Cílios que se juntavam vagarosamente.
Murmúrios, gemidos...
Seus corpos se entrelaçaram, misturando suor e saliva.
Adormeceram.
Um feixe de luz tocou sua pálpebra.
Despertou.
Olhou para o lado vazio da cama.
Espreguiçou-se.
O silêncio do banheiro, da casa.
Vagou pelos cômodos.
Um recado sobre a mesa.
Abriu a janela.
Entre luzes, aromas e silêncio, observou os pássaros.
Voavam livremente, porém de uma maneira artificial.


6 de jun. de 2013

O Penhasco


Estava ele lá, parado.
Pernas e mãos firmes.
Apenas seu pensamento tremia.
Olhava para baixo, para as rochas, para o mar.
As mesmas rochas que triturariam seu corpo, o mesmo mar que levaria seus restos.
Todo penhasco tem seu fim, não importa o tempo da queda.
Ouviu seu nome e seus olhos piscaram, despertando-o de um transe causado pelo mar, vento e o silêncio.
A voz de um filho, amiga, pai... não importa.
Piscou novamente olhando para as pedras, virou e se foi.
Não importava os dias, meses, anos... tinha a certeza que, quando voltasse, o penhasco estaria ali, parado, com as mesas rochas, com o mesmo mar, esperando-lhe.