Pensamentos aleatórios que se transformam.

29 de dez. de 2011

GOD *


Deus é um conceito
Pelo qual medimos
Nossa dor
Falarei de novo
Deus é um conceito
Pelo qual medimos
Nossa dor
Eu não acredito em mágica
Eu não acredito em I-ching
Eu não acredito em Bíblia
Eu não acredito em tarô
Eu não acredito em Hitler
Eu não acredito em Jesus
Eu não acredito em Kennedy
Eu não acredito em Buda
Eu não acredito em Mantra
Eu não acredito em Gita
Eu não acredito em Ioga
Eu não acredito em reis
Eu não acredito em Elvis
Eu não acredito em Zimmerman
Eu não acredito em Beatles
Apenas acredito em mim
Yoko e eu
E essa é a realidade
O sonho acabou
O que posso dizer?
O sonho acabou
Ontem,
Eu era o tecedor de sonhos
Mas agora renasci.
Eu era a morsa,
Mas agora sou John.
Então queridos amigos,
Vocês precisam continuar
O sonho acabou.

* by John Lennon

24 de dez. de 2011

1 F N pra voc^e
















Ninguém - o que tá olhando?
Alguém - as luzes. Não são lindas?
Ninguém - são artificiais.
Alguém - coloridas, brilhantes.
Ninguém - eu prefiro a do dia.
Alguém - veja como fica a cidade.
Ninguém - normal.
Alguém – normal? Essa época é maravilhosa.
Ninguém - porque?
Alguém - tudo muda. A cidade, as pessoas...
Ninguém - e você acha isso bom?
Alguém - é incrível!
Ninguém - não vejo nada de mais.
Alguém - como uma data pode ser tão... tão forte?
Ninguém - é porque não se sabe o significado.
Alguém - claro que se sabe. É o nascim...
Ninguém - Todos conhecem o papai Noel.
Alguém - é.
Ninguém - Só não sabem realmente quem é Abraão, Jesus, Maomé, Buda, Krishna...
Alguém - não é bem assim!
Ninguém - todo esse significado tá aí, nas suas luzes, no consumismo.
Alguém - mas é um novo tempo.
Ninguém - acha que depois de um ano sem olhar para quem tá sentado do seu lado no ônibus, você vem aqui e abraça todo mundo. Um mundo que você nem conhece?
Alguém - Você tá sendo radical!
Ninguém - tá, um dia no ano fazer o bem é legal. Peraí! A gente tá falando do mesmo mundo? Não é o virtual. Que universo é esse? Eu tô num mundo paralelo, só pode!
Alguém - Porque tudo isso?
Ninguém - porque? Quando essas luzes apagarem tudo volta ao normal. E você vai fazer o que?
Alguém - bem, eu...
Ninguém - tá, cansei. Um feliz qualquer coisa pra você. E o último a sair que apague a luz.

19 de dez. de 2011

APÓS


Centenas de pessoas.
O acaso nos laça.
Milhares de ruas.
Cruzamos a mesma esquina.
Ir e vir.
Muitos lugares.
Trens, vagões, escadas...
...tantas portas nos levam ao mesmo lugar.
A coincidência é feroz.
Ela te devora, consome, intriga.
A sensação de controlar o destino me fascina...
... e desintegra-se no momento em que descubro...
... não possuo controle algum.
Só me questiono.
Algumas opções determinam ações e reações.
Calar ou falar? Acertar ou falhar?
Correr ou ficar parado?
Qual é a sua escolha?
Não espere por um novo destino.

9 de dez. de 2011

Na borda dos c a c o s


Os cacos di_vi_dem_-se em pe  da  ços.
Na recomposição, as marcas, como tatuagem.
Não se apagam.
Depois, o forMATO parece o mesmo. O conteúdo não.
Parece vazio, porém está repleto de conhecimento.
Os cacos cortam, as palavras destro  em.
Melhor parecer   f r a g m e n t a d o   aos olhos dos que nada procuram.
Olhos que vagueiam pelo mundo, perdidos nos prazeres sem sentimentos.
Os cacos representam muito mais que destruição.
Não importa o que se faça, o estigma sempre estará lá.


28 de nov. de 2011

Aprenda!

... dias mais difíceis que outros; dias em que podemos pensar em desistir; pensamentos nada alegres circulam a mente; sensação de vazio, de um pedaço que foi extirpado; um olhar tristonho; um erro ou mais, porém o perdão existe a si próprio; ruínas de um mundo particular; a construção é árdua e necessária; no sofrimento crescemos, mudamos nossa perspectiva; a recuperação virá diferente para cada um; não acelere; a sabedoria é importante; volte da lua com os pés na terra que as estrelas brilharão; um novo tempo começa; aprendemos, nem sempre da melhor maneira; trilhe um novo caminho, desta vez com a bagagem dos erros que te acompanha. 


21 de nov. de 2011

a VOCÊ


Quando te vi a primeira vez meus olhos encheram-se de emoção.
Foi incrível o seu olhar no meu.
Algo me faltava, mas com você me senti completo.
Uma grande expectativa se instalou em minha vida.
Um futuro estaria por vir.
Amor a primeira vista. Pude sentir isso pela primeira e única vez.
Com o passar do tempo meu amor por você só aumentou.
Vi em seu sorriso a esperança de um futuro melhor.
Chorei por você, chorei com você.
Na noite ou nas madrugadas estávamos juntos.
Às vezes eu me irritava, mas tudo se resolvia bem, e depois os beijos e abraços carinhosos.
Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida.
Mesmo agora um pouco distante não paro de pensar em você um minuto.
Para muitas pessoas é difícil dizer: “Te amo”, mas para você posso gritar infinita vezes no vácuo do espaço: “EU TE AMO”, e isso irá ecoar pela eternidade.
Traçarei o futuro ao seu lado, e na incerteza de nossas vidas posso dizer que sempre estarei presente, aconteça o que acontecer, pois te amarei para sempre.



30 de out. de 2011

Fantasma


Você se sente assim, um fantasma dentro de uma sociedade de zumbis.
De sanguessugas e carrascos de capuzes amarelados.
Uma justiça cega, sem olhos.
Sua boca ressecada pelo gosto da impunidade.
Nas ruas pessoas sem rostos, conduzidas pela mídia como marionetes.
As mãos trêmulas, suas unhas devoradas pela ansiedade.
Não adianta olhar, sua imagem é essa, sem foco, idem a sua vida.
Olhos vermelhos pelas lágrimas e ódio.
Ódio que transpira por seus poros através de sua pele escamada.
Suas cordas vocais já cansaram de esbravejar e agora você brada leves sussurros com sua rouquidão encorpada.
Estático no meio do nada sem ter para onde ir, sem caminhos a seguir, observando os acontecimentos com sua frágil visão.
Um fantasma em meio a zumbis, simples assim.
É o momento de preocupar-se, afinal o fim está próximo, e o fim é apenas um novo começo.

13 de out. de 2011

ELEMENTOS


Para saciar minha sede
Encontro a pureza da ÁGUA em seus lábios.
Aqueço minha alma com o calor do FOGO de seus braços, de suas pernas.
Sua voz afável flutua pelo AR que respiro em palavras carinhosas.
Em sua TERRA úmida enlouqueço, adormeço, querendo-te sempre mais.
Meu quinto elemento é VOCÊ.

30 de set. de 2011

Só mais um

 
Tá lá o corpo estendido no chão.
Em vez de rosto uma foto
Estático.
Um corpo já sem alma.
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém...
Uma Maria, um José, um João Ninguém.
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
O cadáver frita no chão a espera do rabecão.
Muitos olhares, curiosos, duvidosos... mas quem se importa.
Ninguém faz nada, nem os governantes nem a massa dominada.
O povo é ignorante e o governo é uma piada”.
É só um homem, uma mulher, quem sabe?
O saco preto, o jornal improvisado, não revela a face
A face da miséria, da hipocrisia, da humilhação; do vagabundo, do cotidiano, da prostituição; da indecência, da covardia, da fome, do indigente que é cidadão.
Um simples fim que se acabou no chão feito um pacote flácido, agonizou no meio do passeio público, morreu na contramão atrapalhando o tráfego”.
E foi só mais um.

13 de set. de 2011

Memórias de um quase ser humano


 
Talvez elas me enganem ou até mesmo não sejam verdadeiras.
Sei que estão lá. Cruéis, viris, forjadas. Sim, algumas, poucas, mas reais.
Memórias de uma existência. Autobiográficas, alucinógenas, impensáveis, imemoráveis. Acho melhor esquecê-las.
Uma vida de quedas, desilusões. Errei, tentei, não consegui.
Agora nos últimos instantes consigo pensar em algo: não sei que. Talvez elas pensem em mim.
Não desculpas, não arrependimentos... não adianta. Os frutos já foram colhidos. Semear a próxima colheita. Isso é tudo.
Mas elas me atormentam, mesmo no instante final, até mesmo as mais recentes. Talvez esteja confuso... serão as drogas, o leito, as pessoas de branco?
Não se preocupe, eu volto, sei que não realizei tudo o que deveria. Em breve, aqui, de novo, como um pássaro, um cão... melhor, uma mosca. 
Pra ver o tão insignificante que é o ser humano.
Tanta fragilidade, ignorância, egoísmo... tanto nada.
E volto, sem nada, nem memórias.
Ao longo da vida, aos que conheci, muito prazer; aqueles com quem vivi, muito obrigado; aos especiais, bem, não esquecerei.
Vou agora e levo comigo somente minhas memórias e a certeza que em breve estarei fora das tuas.

4 de set. de 2011

Lu Z


Um quarto escuro.
Um poço, porão.
Um fio de luz é o que basta para inibir a escuridão.
Ruídos inaudíveis de um tímpano calado.
A falta de brilho entorpece.
Sentidos aguçados.
Perceba a força da luz, da vida.
Arrastando-se pelo chão úmido encontre a saída.
Sua alma está encharcada, sem enxergar... mas a claridade está lá.
Luz, lucidez à mente.
Já está perto, sinta, respire.
Ainda não vê?
Então abra suas pálpebras, pode ser que assim fique mais fácil de evitar a escuridão.

28 de ago. de 2011

10x15


Recordações estáticas que transcenderam movimentos de alegria.
Fatos marcantes, congelados em álbuns empoeirados.
Breves instantes do humor, do amor, de pessoas que já desapareceram.
Uma opção para a imortalidade, para o amor eterno.
Recordações inúteis, sem sons, sem voz, sem cheiro.
Lembranças alegres de sorrisos naturais, tão rápidas quanto um flash.
Expressões faciais estampadas em um rosto que não é mais o mesmo.
A revelação marcada na face de um tempo que se foi.
Em preto e branco ou colorido, a estória de uma vida que cabe na mão, em tamanho 10x15.

15 de ago. de 2011

Fica a Semente


Fito o céu, estendo meus braços e brado sem saber se me ouves.
Sinto sua presença, sua mão sobre minha cabeça.
A saudade é imensa, não cabe dentro desta carcaça mortal.
Querer te abraçar, ouvir sua voz, ver seu sorriso... tudo isso me faz falta.
Esporadicamente as lágrimas escorrem e caem diante de sua foto.
A incerteza em te encontrar novamente me angustia.
Meus sentimentos, não sei, não há como descrevê-los em palavras.
Sinto que poderia ter feito mais, talvez se houvesse tempo. Sinto por não poder me despedir adequadamente, mas meu pensamento está em você e você está em mim cada vez que me olho no espelho.
A falta que me faz é grande, mas esperarei o momento certo para estar ao seu lado novamente, seja onde for.
Obrigado por ter me proporcionado o sopro da vida. Te amo.

30 de jul. de 2011

PRA TI, INDECIFRÁVEL


Desperto no meio da noite.
Do espelho ouço: “quem sou eu?”
A imagem sorri pra mim. Sombras cruzam minha retina.
Gotas desabam da torneira. Volto a ficção.
Deito e olho pra você. Sua boca me fascina.
Seus braços me apertam e mergulhamos juntos.
As bolhas de O2 elevam-se enquanto afundo lentamente.
Os pés tocam o solo.
Caminho descalço sobre a terra.
O entardecer não termina. No horizonte só você.
Pendurado, um corpo agita-se no galho de uma árvore.
Um laço envolve meu pescoço.
Os pés flutuam em movimentos circulares.
Desperto ao mesmo tempo em que começo a te escrever.
Palavras que não fazem sentido.
Cama vazia, desertificação. Oásis da repugnância.
Caminho, inabitado, rumo ao norte, a morte, sem estrada.
O vento apaga minhas memórias e as pegadas.
As estrelas insistem em cair.

19 de jul. de 2011

dementia

Insano, o ser é subjugado.
Subjugando a obrigação de amar, o ser correspondido muda-se em dor.
A dor da fragilidade decompõe-se na desigualdade.
Desigual, um novo ser transforma-se em repugnante.
E repugnante, a simpatia reina nas terras da traição.
Traído, o efeito placebo do delírio vem em frascos para o burguês.
A burguesia comunista une-se no cultivo da esfera pública da tirania.
O tirano oprimi o ser desejado que se torna insano.

10 de jul. de 2011

m O s A i cO

Confundir...
liberdade com libertinagem...
ausência, falta de...
amor, atenção...
relacionar não é sinônimo de possuir...
encontrar...
a cumplicidade, o complemento...
não um abismo sem fim...
doar-se não é sofrer...
é viver, aprender...
esquecer e lembrar...
chorar de alegria...
rir da tristeza...
juntos...
olhar e não dizer...
beijo...
sentir...
o calor de um abraço...
um laço...
nó...
desatar, apertar...
penetrar...
unir...
dois em um...
ruptura...
um em nada...
pedaços...
centenas...
metamorfose...
mosaico...
um novo desenho...
o inicio...
nova forma...
admirada, observada...
completa em si.
O mosaico consagra-se vitorioso por viver sempre...
intensamente.