Cercado de uma esperança que balança ao vento.
Os perfumes e flores sem espinhos.
Era tudo o que ela queria.
Embaixo da ducha pensava. Imaginava um futuro incerto.
As flores voltavam ao seu pensamento: bem me quer, mal me
quer.
A cada gota que enxugava de seu corpo pensava em desistir,
em mudar.
Tentou, não conseguiu. Oportunidade escassa para uma menina
do interior.
A maquiagem mudava sua faceta.
A sombra em seus olhos delineava tristeza.
Os lábios vermelhos insistiam em deixar a boca em silêncio.
Ela voltava a pensar nas flores, em um caminho.
O perfume artificial a completava.
Ela poderia ser Rosa, Angélica, Margarida, Íris ou qualquer outro nome
de flor.
Talvez ela escolhesse um novo nome a cada dia.
Saía de casa e pensava em seu belo caminho de flores.
Ao despertar de sua utopia, encontrava-se parada em
uma esquina com seu vestido curto.
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