Pensamentos aleatórios que se transformam.

25 de jun. de 2012

R3VOLUÇ~@



Ele abriu os olhos e mirou para o teto branco com bolor.
Sentou-se na cama. Mais um dia igual a tantos.
Ao tocar o chão frio com seus pés nus, despertou.
De olhos semiabertos arrastou-se até o banheiro.
De frente para o espelho não se viu.
Olhou a torneira pingando.
Queria ser aquela gota ralo adentro.
Lavou o rosto; não secou; passou as mãos nos cabelos despenteados.
O espelho refletia o que ele não era.
O encontro com os amigos havia sido perfeito.
No trabalho elogios.
A transa com a namorada primorosa.
A família reunida no domingo.
Contou a 3.
NÃO!
Esse não era ele.
Isso não existe.
Os dentes rangeram.
Queria deixar de fingir; queria gritar; explodir.
Dizer o que pensa; olhar; cuspir.
Desejava uma revolução interna.
Para isso deveria nascer de novo.
Para isso deveria ser pó e ossos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário