Pensamentos aleatórios que se transformam.

27 de jan. de 2013

Fa(o)tos


Algumas recordações... as pupilas não reagem mais a elas.
Não tenho coragem de rasgá-las, queimá-las ou simplesmente guardá-las.
Elas seguem, lá, na parede, estáticas a me encarar.
Um mural de alegria... sofrimento é a nova nomenclatura.
Minha visão turva não permite que eu as veja.
Então apenas as sinto.
Esse torpor, esse incomodo é somente em meu pensamento.
Agora somente a frágil luz oriunda da janela para iluminar trechos vividos.
É só memória.
Mantenho a janela fechada.
Ao tempo em que não consigo abri-la, sei que coisas novas não chegarão.
A porta como único caminho não é suficiente.
A janela segue emperrada e as fotos empoeiradas em uma parede inanimada.


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