Pensamentos aleatórios que se transformam.

6 de jun. de 2013

O Penhasco


Estava ele lá, parado.
Pernas e mãos firmes.
Apenas seu pensamento tremia.
Olhava para baixo, para as rochas, para o mar.
As mesmas rochas que triturariam seu corpo, o mesmo mar que levaria seus restos.
Todo penhasco tem seu fim, não importa o tempo da queda.
Ouviu seu nome e seus olhos piscaram, despertando-o de um transe causado pelo mar, vento e o silêncio.
A voz de um filho, amiga, pai... não importa.
Piscou novamente olhando para as pedras, virou e se foi.
Não importava os dias, meses, anos... tinha a certeza que, quando voltasse, o penhasco estaria ali, parado, com as mesas rochas, com o mesmo mar, esperando-lhe.


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