Estava ele lá, parado.
Pernas e mãos firmes.
Apenas seu pensamento tremia.
Olhava para baixo, para as rochas,
para o mar.
As mesmas rochas que triturariam seu
corpo, o mesmo mar que levaria seus restos.
Todo penhasco tem seu fim, não
importa o tempo da queda.
Ouviu seu nome e seus olhos
piscaram, despertando-o de um transe causado pelo mar, vento e o silêncio.
A voz de um filho, amiga, pai... não
importa.
Piscou novamente olhando para as
pedras, virou e se foi.
Não importava os dias, meses,
anos... tinha a certeza que, quando voltasse, o penhasco estaria ali, parado,
com as mesas rochas, com o mesmo mar, esperando-lhe.
Forte...
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