Pensamentos aleatórios que se transformam.

21 de mai. de 2012

A estátua



Ela andava apressada, inquieta.
O que faria dessa vez?
A preocupação lhe rodeava a mente.
Suas dúvidas não a deixavam que respirasse corretamente.
Ela tentava em vão.
Sentou-se em uma escadaria do centro. Tantas pessoas e somente uma estátua a observava.
Segurou a cabeça e começou a balançá-la, repetindo inúmeras vezes: “mantenha a sanidade”.
E como mantê-la nesse mundo louco?
Parou, levantou e olhou ao redor. O céu e prédios a rodeavam depressa, mais depressa, mais depressa... caiu.
Vagarosamente levantou a cabeça e, com os cabelos despenteados entre os olhos, encarou o olhar frio da estátua.
“preciso manter minha sanidade”
Como? Há tantas pontes e viadutos.
“preciso manter minha sanidade”.
Como? Há tantas avenidas e linhas de trem.
“preciso manter minha sanidade”.
Como? Há tantos objetos cortantes e pontiagudos.
Aí ela gritou encarando a estátua mórbida.
“Eu tenho um fruto!”
Um fruto só seu, que precisa dela, de seus cuidados.
É por esse fruto que conseguirá vencer.
É por esse fruto que irá lutar e não desistir.
Ela se levantou e correu rumo ao norte.

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