Pensamentos aleatórios que se transformam.

5 de mai. de 2012

SUBTERRÁQUEOS

Vi, ouvi, prestei atenção.
Uma cara feia, um sorriso até a orelha.
Pessoas comuns, situações singulares.
Olhos sensíveis, lágrimas femininas.
Tive vontade de sentar-me ao lado e perguntar: porquê?
Conversa de bêbado, discurso alto, mas sem ousadia, sem começo ou fim.
Palavras ao ar, jogadas, sem pensar, não há mensagem.
Jovens gritando, cantando, uma nova geração de cabelos e rostos pintados.
Três gerações em um mesmo ambiente.
Rap grátis por alguns minutos.
Do outro lado, o rock transbordando por fones de ouvido.
Em cada parada algo novo. Troca de energias.
Um balançar na cabeça, um batuque nas pernas.
Troca de beijos apaixonados em um canto qualquer.
Tribos de um mesmo país.
Flerte. Início de algo novo.
Brincos, piercings, tatuagens.
Muitos personagens.
Cheguei à conclusão de que o metrô é um palco subterrâneo.






2 comentários:

  1. Boa!
    texto maroto e tem sim sua poesia.

    ResponderExcluir
  2. e muitas vezes assustador. Me lembro que tbm ja chorei no metrô. Já sorri tbm. Cada um, deixando um pouquinho de sua loucura

    ResponderExcluir